Blog do CINEMAS e TEMAS - Ano IX, projeto de extensão e pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Rogério Sganzerla – um diretor que fez dos seus filmes um cinema.
BRUNO SCUISSIATTO
Em vinte minutos de comunicação aproximadamente, falar sobre algum estudo se torna uma tarefa das mais delicadas. Essa definição, talvez seja bem empregada ao falar do cinema de Rogério Sganzerla, neste caso aqui, O Signo do Caos, seu último longa-metragem.
Falar apenas do filme citado acima é muito estranho, para não dizer, incosequente, afinal em tempos de uma filmografia nacional com bons filmes, ainda é muito pouco o olhar voltado para o cinema marginal, realizado no Brasil principalmente nos idos das décadas de 60 e 70. Entre tantas falas de Sganzerla, me agrada muito a definição do diretor para o jornal Tribuna da Imprensa, dezembro de 68, exatamente um ano após o boom do Bandido da Luz Vemelha, seu primeiro longa. O cinema brasileiro nasce com o Humberto Mauro, vive com Nelson Pereira dos Santos, excita-se com Paulo César Saraceni, desespera-se com Glauber Rocha morre com todos nós.
Partindo desse viés, está a chave da filmografia marginal brasileira, que contraria muito do movimento do underground americano, mais centrado em produções afastadas das exibições “comerciais”. Sganzerla ao lado do diretor Julio Bressane defendia que as produções “marginais” não tinham a pretensão de ficar fora dos circuitos exibidores.
É preciso tirar o cinema do quarto de brinquedos, diz um dos personagens de O Signo do Caos. Talvez, aqui, tenhamos a essência do filme. A ideia de realizar um metafilme, que traz o personagem representativo do diretor americano Orson Welles é a imagem de representar um Brasil, Brasil? A chegada do baú com It´s All True , documentário inacabado de Welles, rodado na pátria que ostenta cinco Copas do Mundo, coloca em colisão o Dr. Amenésio, que com suas frases emblemáticas, como: o caos é o próprio caos, se torna um antiheroi para ser celebrado em nosso sessentão cinema nacional. Contrapondo de forma mais acometida, outro personagem tenta convencer seu chefe, Dr. Amenésio, que aquele filme é bom. Seria esse filme a película da tela ou o próprio O Signo do Caos?
Dessa primeira parte com uma fotografia em preto e branco, partimos para a cor, que presenciamos em uma festa com todos os personagens segurando suas taças de champagne e comemorando a destruição dos rolos de It´s All True, ou seria, o próprio longa em questão?
Ao leitor, não se apegue a respostas pelas interrogações, nem mesmo espere interpretações, afinal, como definiu o crítico de cinema Ruy Gardnier sobre O Signo do Caos: um filme suicida para suicidas. Ame-o ou deixe-o em paz. Quem não assistiu, faça isso apenas se tiver vontade. Caso tenha, posso fazer uma cópia do filme.
Agora, se você não assistiu nenhum dos vinte e seis filmes de Rogério Sganzerla, não se sinta penalizado pelos Lumiére ou Melliés, muito menos pelas belas novelas das oito, mas pense no que deixou de ver, garanto que muita coisa poderia desaprender. Uma dica, assista todos. Se não puder, O Bandido da Luz Vermelha, A Mulher de Todos, Sem Essa Aranha e Copacabana Mon Amour. Tem os fimes da Belair, produtora do Sganzerla com o Bressane, mas isso é filme para uma próxima. Conversamos.
[síntese sobre a comunicação “O antifilme em O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla”, apresentado na Semana de Letras da UFPR, dia 25/05/2011].
[abaixo o Vídeo de lançamento da COLEÇÃO CINEMA MARGINAL BRASILEIRO em DVD: Volume 1 Andrea Tonacci, volume 2 Rogério Sganzerla, volume 3 Elyseu Visconti e Volume 4 André Luiz Oliveira.]
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
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