sábado, 19 de novembro de 2011

"DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E CINEMA", EDIÇÃO 2011, TEM SUAS ÚLTIMAS SESSÕES

26 de novembro – A Casa dos Espíritos (The House of the Spirits, Estados Unidos, 1993). 
Comentários: Profa. Mestre. Arlene Santanna (UEPG).
De Billie August, o filme se passa na América do Sul e destaca as figuras de Esteban Trueba (Jeremy Irons) que tinha dois sonhos: enriquecer e casar com Rosa. Consegue o dinheiro, mas perde Rosa para a morte. Então, Esteban se casa com Clara (Meryl Streep), irmã de Rosa. Enquanto constrói sua herdade (grande propriedade rural), Esteban sobre nas fileiras do Partido Conservador, ao mesmo tempo em que os ventos socialistas se espalham pelo país – clima que atinge sua herdade. A relação de Clara com Férula (Glenn Close), irmã de Esteban, torna complicada a vida do casal. Pedro (Antônio Banderas), filho do capataz da herdade, assume o protagonismo da luta laboral. Pedro acaba se apaixonando por Bianca (Winona Ryder), filha de Esteban. Perseguido pela polícia, Pedro abandona a propriedade, mas mantém relacionamento com Bianca. Nas eleições, os socialistas vencem e os militares de direita tomam o poder (pela força). Prendem e perseguem os opositores do regime. Neste ponto, Esteban vive um drama: as idéias que defende (conservadoras), a atitude dos militares e o amor pela filha. (ttp://www.fnac.pt/A-Casa-dos-Espiritos-sem-especificar/a140540).
3 de dezembro – A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentleman, Estados Unidos, 2003). 
Comentários: Profa. Mestre Gisele França (UEPG)
Dirigido por Stephen Norrigton, o filme é uma adaptação livre da história em quadrinhos de Alan Moore e Keven O’Neal. No elenco, estão Sean Connery, Naseeruddin Shah, Peta Wilson, Jason Flemyng, Stuart Townsend. No final do século XIX, a rainha Vitória nomeia uma legião de grandes nomes da época para combater um perigoso inimigo: um gênio do crime que deseja conquistar o planeta. Entre os convocados para enfrentá-lo estão Allan Quatermain (Sean Connery), Mina Harker (Peta Wilson), Dorian Gray (Stuart Townsend) e o Dr. Jekyll (Jason Flemyng). http://interfilmes.com/filme).

sábado, 22 de outubro de 2011

ATIVIDADES DO PROJETO PROSSEGUEM COM ALTERAÇÕES DE DATAS

As atividades do projeto Cinemas e Temas em 2012 prosseguem com algumas alterações de datas.
A próxima sessão dos "Diálogos entre literatura e cinema" foi transferida para o dia 29/10, sábado, às 14 horas. Abaixo a programação:
ÉDIPO REI
(Itália/Marrocos/1967)
De Pier Paolo Pasolini.
Com Silvana Mangano e Franco Citti.
Inspirado na tragédia de Sófocles.
Comentários: Keli Cristina Pacheco (Doutora em Literatura pela UFSC e professora do curso de Letras da UNICENTRO).
E a 2ª edição do curso "A Produção fílmica: o estudo das linguagens", ministrado pela Profª Mestre Arlene Santanna, terá sua última aula no dia 05/11, sábado, durante a manhã e a tarde.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

INTEGRANTES DO PROJETO PARTICIPAM DE IMPORTANTES EVENTOS NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O Cinemas e Temas teve trabalhos aprovados para apresentação em três importantes congressos de extensão universitária.
O professor Fábio Augusto Steyer vai apresentar o projeto através de duas comunicações orais no XI Congreso Iberoamericano de Extensión Universitaria (22 a 25 de novembro de 2011), promovido pela Universidad Nacional del Litoral, em Santa Fé, Argentina, e no 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (8 a 11 de novembro de 2011), a ser realizado em Porto Alegre - RS, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No 5º Congresso Nacional de Extensão Universitária (26 a 28 de novembro de 2011), na UNOPAR, em Londrina, além do professor Fábio estará apresentando trabalho relativo ao projeto o mestrando Bruno Scuissiatto, um dos mais atuantes integrantes do Cinemas e Temas.
O projeto também estará muito bem representado num dos principais eventos da área de Letras do Paraná. Trata-se da 20ª edição do Seminário do CELLIP, a ser realizado em Londrina, na Universidade Estadual de Londrina, entre 25 e 27 de outubro. Na mesa-coordenada intitulada "Cinemas e Temas", estarão apresentando suas pesquisas individuais os seguintes participantes do projeto: Paula Starke (JANELA INDISCRETA: A ARTE CINEMATOGRÁFICA DE HITCHCOCK NA ADAPTAÇÃO DO CONTO DE WOOLRICH), Bruno Scuissiatto (O BANDIDO E O CAOS, VERMELHO E O SIGNO, APROXIMAÇÕES DE ROGÉRIO SGANZERLA) , Maíra Carzino (XADREZ, SORÍN E BERGMAN: DIÁLOGO ENTRE VIDA E MORTE EM “MORANGOS SILVESTRES” E “A JANELA”) e Fábio Augusto Steyer (CARVER, SOKUROV E SORÍN EM DIÁLOGO: LITERATURA E CINEMA EM “A JANELA).
E na IX Jornada Científica dos Campos Gerais, evento promovido no final de outubro pela Faculdade Santana, de Ponta Grossa, estarão apresentando trabalhos os alunos Andréa Coutinho, Celine Aparecida de Matos, Mayara Bueno da Silva e Bárbara Celestino.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

ATENÇÃO: CANCELAMENTO DO CICLO DE FILMES "CINEMA E MÚSICA"

Tendo em vista:



1)      A paralisação dos professores da UEPG, marcada para o dia 18/10;

2)      A ordem de serviço 83/2011, da PROGRAD, que suspende as atividades didáticas do Campus Central da UEPG, nos dias 22 e 23/10, para aplicação das provas do ENEM;

3)      A ordem de serviço 82/2011, da PROGRAD, que suspende as atividades acadêmicas do Campus Central da UEPG, nos dias 21 e 22/10, devido à realização do EAIC.



Os participantes do projeto de extensão e pesquisa Cinemas e Temas resolveram CANCELAR o ciclo de filmes “Música e Cinema”, programado desde junho deste ano, para os dias 18 a 22 de outubro de 2011.

Lamentamos o inconveniente e informamos que o evento deverá ser realizado no 1º semestre de 2012, em data a ser posteriormente definida pela equipe do projeto.

Saudações,

Equipe Cinemas e Temas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

VEM AÍ...

Os participantes do projeto de extensão e pesquisa Cinemas e Temas, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais e ao Departamento de Letras Vernáculas da UEPG, convidam para o ciclo de filmes "Música e Cinema", a ser realizado entre os dias 18 e 22 de outubro de 2011.


Participação mínima para ganhar certificado: 20 horas.
Certificado de 48 horas para aqueles que participarem de todo o evento, com freqüência de 75%.
Local: Campus Central da UEPG.
Inscrições: no 1º dia do evento (18/10). GRATUITAS.
Horário - Manhã: 9 horas. Tarde: 14 horas. Noite: 19 horas.
Coordenação: Prof. Dr. Fábio Augusto Steyer.
Informações no blog do projeto:
http://www.cinemasetemasuepg.blogspot.com/

PROGRAMAÇÃO

18/10 – terça-feira - noite
VINÍCIUS
(Brasil/2005).
De Miguel Faria Jr.
A realização de um pocket show em homenagem a Vinícius de Moraes por dois atores é o início da reconstrução da carreira do cantor e compositor, neste documentário dirigido por Miguel Faria Jr. Nascido em 1913 no Rio de Janeiro, Vinícius de Moraes testemunhou e foi personagem de uma série de transformações na cidade, tendo criado para si um dos percursos mais relevantes da cultura brasileira no século XX.

19/10 - quarta-feira - manhã
CAFÉ DOS MAESTROS
(Argentina/2008).
De Miguel Kohan.
Em agosto de 2006, uma apresentação histórica reuniu legítimas lendas vivas do tango argentino numa apresentação de gala no monumental Teatro Colón, em Buenos Aires, com o intuito de produzir um disco ao vivo. Grandes mestres como Leopoldo Federico, Lágrima Rios, Aníbal Arias, José Libertella e José Luis Stazo gravaram materiais inéditos, reconstruiram diferentes arranjos e estilos e recuperaram temas emblemáticos do tango, emocionando o público presente naquela noite. Fruto de um projeto do músico e compositor Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscar, Café do s Mestres registra o encontro desses homens e mulheres notáveis, com idades entre 70 e 95 anos, que foram responsáveis pela criação de um repertório clássico que marcou gerações. Entre ensaios e imagens da capital argentina, os músicos relembram histórias da época de ouro do tango e dão seu testemunho sobre o mais tradicional ritmo do país.

19/10 - quarta-feira – tarde
IMAGINE
(EUA/1988).
De Andrew Solt.
John Lennon - Imagine foi concebido a partir de informações do arquivo pessoal do lendário "frontman" dos Beatles. Com a ajuda criativa de Yoko Ono, os produtores David L. Wolper e Andrew Solt trabalharam com imagens nunca antes vistas pela público. O resultado foi a transformação de simples filmagens em um fascinante legado. Se estivesse vivo, John Lennon completaria 65 anos em 2005.

19/10 - quarta-feira – noite
O CONCERTO
(Romênia/Bélgica/França/2009).
De Radu Mihaileanu.
Andreï Filipov era o célebre maestro da Orquestra Bolshoi, a maior da Rússia. Hoje, aos 50 anos, ele ainda trabalha na Bolshoi, mas como um simples faxineiro. Durante a era comunista, ele foi demitido no auge de sua fama por se recusar a se livrar de todos os músicos judeus, incluindo seu melhor amigo, Sacha. Um dia Andreï intercepta um fax convidando a orquestra para tocar em Paris, dentro de duas semanas. Então Andreï tem uma idéia maluca: ele vai convocar todos os seus antigos colegas, que agora vivem de bicos, como motorista de táxi, comerciantes ilegais e até fornecedores de filmes pornôs... A trupe par te então para Paris como se fosse a Bolshoi original. Eles têm a oportunidade de desafiar o destino e finalmente ter a sua vingança! Mas será que o plano vai dar certo?

20/10 - quinta-feira – manhã
DONA HELENA
(Brasil/2004).
De Dainara Toffoli.
Helena Meirelles faleceu em 2005, doze anos depois de ter sido "descoberta" pela revista norte-americana Guitar Player, que a colocou entre os 100 melhores guitarristas do mundo, ao lado de músicos como Roger Waters e Eric Clapton.
Dona Helena nasceu no sertão do Brasil e desde criança era apaixonada pela viola. Passou a sua juventude entre comitivas de boiadeiros e prostíbulos, lutando pelo direito de tocar. Analfabeta, virou estrela no Brasil.
Sua história e sua arte são mostradas neste documentário obrigatório para os amantes da música.

20/10 - quinta-feira – tarde
AMADEUS
(EUA/1984).
De Milos Forman.
Vencedor de OITO OSCARS da academia, inclusive o de MELHOR FILME, "Amadeus" é a longamente aguardada versão em filme, da obra teatral de sucesso mundial, de Peter Shaffer, sobre a vida e sobre a música de Wolfgang Amadeus Mozart. "Amadeus" foi adaptado para as telas pelo próprio autor Peter Shaffer. Nos papéis principais, F. Murray Abraham (Melhor Ator), interpreta Salieri, um ciumento e invejoso compositor do século 18; Tom Hulce é Mozart, a infeliz vítima do seu veneno. Esta extravagante super produção é um daqueles filmes que apesar de clássico, agrada a todo tipo de público, pois abrange de forma perfei tamente dosada, o drama, o suspense, a comédia e a música.

20/10 - quinta-feira – noite
TODAS AS MANHÃS DO MUNDO
(França/1991).
De Alain Corneau.
No século 17, músico da corte de Luiz XIV, Marin Marais (Depardieu), relembra sua introdução no mundo artístico supervisionado pelo seu rigoroso mestre de viola de gamba, Sainte Colombe (Jean-Pierre Marielle). O reflexivo e denso Marais é interpretado por Gérard Depardieu quando adulto e por Guillaume Depardieu (filho de Gérard) quando jovem. O filme conta ainda com as composições originais da época, de autoria de Jean-Baptiste Lully e François Couperin. Vencedor do CÉSAR, o Oscar do cinema francês.

21/10 - sexta-feira – manhã
O MILAGRE DE SANTA LUZIA
(Brasil/2011).
De Sérgio Roizenblit.
O Milagre de Santa Luzia é uma homenagem a Luiz Gonzaga que nasceu em 13 de dezembro de 1908, dia de Santa Luzia. O filme é uma viagem pelo Brasil que toca sanfona, conduzida por Dominguinhos, principal sanfoneiro do país. Entre encontros acompanhados de muita música e reunindo depoimentos dos mais representativos sanfoneiros brasileiros, o filme guarda preciosos registros de importantes personalidades da música popular brasileira, como o poeta Patativa do Assaré, Sivuca e Mário Zan, falecidos pouco tempo depois de sua participação no filme.
O Milagre de Santa Luzia mostra um Brasil profundo e anô nimo: o nordestino e sua saga de retirante, a partida e o desejo de um dia voltar; o pantaneiro e sua atitude contempladora e conectada ao ritmo da natureza; o gaúcho com sua ode às tradições e o orgulho pela terra natal; o paulista que dividido entre a cultura caipira tradicional e o liquidificador de tradições da metrópole cria um estilo no qual todas as tradições estão presentes.

21/10 - sexta-feira – tarde
PAULINHO DA VIOLA – MEU TEMPO É HOJE
(Brasil/2003/83 min).
De Izabel Jaguaribe.
Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje, documentário dirigido por Izabel Jaguaribe com roteiro do jornalista Zuenir Ventura, é um perfil afetivo do cantor, instrumentista e compositor. O filme mostra seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina discreta e muito peculiar, em suas atividades e hábitos desconhecidos do grande público. Mas a grande revelação vem das reflexões do músico sobre um único tema: o tempo. Em vários versos ele canta: "Só o tempo ajuda a gente a viver"; "Amor, repare o tempo enquanto eu faço um samba triste pra cantar"; "Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado". Há ainda encontros musicais memoráveis com Marina Lima, Elton Medeiros, Zeca Pagodinho, Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela. No programa, A VELHA A FIAR, curta-metragem de Humberto Mauro (Brasil/1964).

21/10 - sexta-feira – noite
BUENA VISTA SOCIAL CLUB
(Alemanha/EUA/1998).
De Wim Wenders.
Ry Cooder, compositor, produtor e lenda da guitarra, entrou no Egrem Studios em Havana com outros grandes músicos da música cubana, muitos deles com mais de 60 ou 70 anos e muitos já aposentados. Como resultado temos o CD Buena Vista Social Club que ganhou o prêmio Grammy de vendas internacionais. Quando Cooder retornou a Havana para gravar um CD solo do vocalista Ibrahim Ferrer de 72 anos, o cineasta Wim Wenders estava pronto para documentar a ocasião. Wenders dividiu o filme entre os retratos dos intérpretes que contam suas histórias diretamente a câmera enquanto passeiam pelas ruas vizinhas a Havana e uma celebração das maravilhosas músicas ouvidas em interpretações de estúdio, no primeiro concerto em Amsterdam e no segundo e último concerto no Carnegie Hall, Nova York. Uma viagem pela Cuba de agora que relembra seu passado, revivendo através da música, uma cultura esquecida e que de repente, ressurge no coração das platéias de Havana e de todo mundo.

22/10 - sábado – manhã
TITÃS – A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA
(Brasil/2008/95min.).
De Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves.
Os Titãs contam sua própria história. Quando o disco "Cabeça Dinossauro" foi lançado, Branco Mello comprou uma câmera já pensando em fazer um documentário e com seus companheiros de banda começou a registrar tudo que acontecia com eles naquele momento de explosão musical dos anos 80. O resultado é um filme com ritmo de aventura, cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos, gravações de álbuns antológicos e de grandes sucessos desde os primórdios até hoje em dia. No programa, MÚSICA.BR, curta-metragem de Fabiano Passos (Brasil/2009).

22/10 - sábado – tarde
O PIANISTA
(França/2002).
De Roman Polanski.
O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a s e refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.

CLIQUE ABAIXO E VEJA A PROGRAMAÇÃO:


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A PRODUÇÃO FÍLMICA: O ESTUDO DAS LINGUAGENS II

A PRODUÇÃO FÍLMICA: O ESTUDO DAS LINGUAGENS II

(Dias 1, 8 e 22 de outubro)



Professora Arlene Sant’Anna[1]







JUSTIFICATIVA: Utilizar a produção fílmica como objeto deste estudo é valer-se da arte cinematográfica como ideologia do estar no mundo em um processo de identificação do ser humano. A semiótica é uma teoria de significação que busca o sentido relacionado com o universo do ser humano em todas as instâncias sociais. Este estudo se fundamenta nas vertentes da semiótica – russa, americana e francesa - para explicar a construção das relações e significações tendo como ponto de partida os filmes Cidade dos Anjos e Tróia. Este curso vai identificar e discutir as relações significativas das linguagens (enfoque de câmera, movimentação, sonoridade, cores, iluminação etc.) e signos que colaboram na produção de efeitos de sentido de realidade de uma produção fílmica. Este estudo favorece, sobremaneira, o aumento da percepção da multiplicidade de signos relacionados aos textos fílmicos, por isso é recomendado para acadêmicos de Letras, Comunicação, Desenho Industrial, Artes, afins, comunidade local.



DURAÇÃO: 20 horas



PÚBLICO: Profissionais e acadêmicos de Letras, Comunicação Social, Artes, Desenho Industrial e áreas afins

* Sugestão: os inscritos assistam aos filmes Tróia e Cidade dos Anjos previamente



LOCAL: Mini auditório. UEPG CENTRAL



INÍCIO: sábado dia 1°de outubro às 08h30min



VAGAS: 30      INSCRIÇOES NO LOCAL





CONTEÚDO



n      Cinema como sistema

n      Base semiótica: russa, americana e francesa

n      Texto sincrético e linguagens

n      Sonoridade e catarse - unitária, binária e mista

n      Cores

n      Iluminação

n      Ângulos

n      Enquadramento

n      Movimentação

n      Níveis da cultura

n      Os signos

n      Marcação de cenas

n      Bibliografia





FILMOGRAFIA



·         Amor maior que a vida (1999)

·         Amor além da vida (1998)

·         AI- Inteligência Artificial (2001)

·         O amigo oculto (2005)

·         Beijos Que Matam (1997)

·         Beleza americana (1999)

·         A cela (2000)

·         Cidade dos Anjos (1998)

·         Dragão vermelho (2002)

·         Efeito borboleta (2004)

·         E.T., O extraterrestre (1982)

·         Gladiador (2000)

·         Hackers - Piratas de Computador(1995)

·         Silêncio dos inocentes (1991)

·         Sociedade dos poetas mortos (1989)

·         Sleepers A vingança adormecida (1996)

·         Seven- Os sete crimes capitais (1995)

·         Tróia (2004)





      RECURSOS:Multimídia.



BIBLIOGRAFIA



n      BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria Semiótica do Texto. São Paulo, Ática, 1997.

n      CASETTI, Francesco, CHIO, Federico di.  Como Analizar Un Film . Barcelona: Ediciones Paidós, 1991.

n      CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain Dicionário de Símbolos. Ed. José Olympio, São Paulo, 1989

n      DUCROT, Oswald & TODOROV, Tzvetan. Dicionário Enciclopédico das ciências da linguagem. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2001.

n      LOTMAN, Yuri.  Estética e Semiótica do Cinema . Lisboa: Estampa, 1978.

n      MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematográfica.  Belo Horizonte: Ed.Brasiliense, São Paulo, 2003.

n      METZ, Christian. Linguagem e Cinema. Ed. Perspectiva, São Paulo, 1980

n      RECTOR, Mônica & NEIVA, Eduardo. Comunicação na Era Pós-Moderna. Ed. Vozes, São Paulo ,1997.

n      SANTAELLA, Lucia. Semiótica Aplicada. Ed. Thomson, São Paulo, 2002.



[1] Professora Arlene L. Sant’Anna. Mestre em Lingüística Geral e Semiótica pela USP.

domingo, 11 de setembro de 2011

CINEMA LUMIÈRE DESRESPEITA O PÚBLICO DE PONTA GROSSA

Comigo foi a segunda vez: após consultar o site do Cinema Lumière, grupo proprietário das salas do Shopping Total, lá fui eu assistir à comédia “Professora Sem Classe”, com Cameron Diaz. Chegando lá, a informação foi de que o filme não estava em cartaz!
A primeira vez foi com “Bróder”, filme vencedor do Festival de Gramado no ano passado.
É, no mínimo, um desrespeito ao público.
Mas isso não é o pior.
A reabertura dos cinemas do Total gerou a expectativa de uma programação comercial mais diversificada na cidade.
O que se vê, no entanto, é uma programação que simplesmente repete a concorrência, sem um mínimo de visão de mercado.
Nem se trata de almejar uma proposta alternativa ou “cult”.
Falo de visão comercial mesmo.
Nas últimas semanas, por exemplo, estrearam diversos filmes razoavelmente competitivos nos cinemas brasileiros, que não foram exibidos pela Cinematográfica Araújo (Shopping Palladium) e que poderiam ser uma alternativa ao Cinema Lumière, oferecendo uma programação mais diversificada ao público da cidade e atraindo mais espectadores: “O Homem do Futuro”, “A Árvore da Vida”, “Amor à Toda Prova”, “Onde Está a Felicidade”...
Além disso, não se pode esquecer que a projeção é ruim. O Araújo sempre será uma opção melhor nesse quesito, especialmente se os filmes forem sempre os mesmos.
Agora, irritante mesmo é o slogan da propaganda do grupo: “a rotina fez sua última cena”!
Que nada.
A mesmice continua.
Com o acréscimo do desrespeito ao espectador.
Se continuar desse jeito, não dura muito tempo...

* Fábio Augusto Steyer. Professor no curso de Letras da UEPG, Especialista em Cinema (PUCRS) e Coordenador do projeto de extensão e pesquisa Cinemas e Temas (DELET/PROEX/UEPG).

quinta-feira, 28 de julho de 2011

DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E CINEMA 2011/2

Os participantes do projeto de extensão e pesquisa Cinemas e Temas, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais e ao Departamento de Letras Vernáculas da UEPG, comunicam as sessões do evento “Diálogos entre literatura e cinema” para o segundo semestre de 2011.


Sessões mensais, sempre aos sábados, às 14 horas.
Certificado de participação (20 horas) para aqueles que obtiverem 75% de freqüência.
Coordenação: Prof. Dr. Fábio Augusto Steyer.
Informações no blog do projeto:
http://www.cinemasetemasuepg.blogspot.com/


DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E CINEMA
Campus central da UEPG.
Sala B-108.
Março a novembro de 2011.
Sempre às 14 horas.


27/08
REBECCA
(EUA/1940)
De Alfred Hitchcock.
Com Laurence Olivier e Joan Fontaine.
Baseado na obra de Daphne du Maurier.
Comentários: Paula Starke (Graduanda em Letras pela UEPG e pesquisadora da obra de Alfred Hitchcock).

24/09
A OSTRA E O VENTO
(Brasil/1997)
De Walter Lima Jr.
Com Leandra Leal, Lima Duarte e Fernando Torres.
Baseado no romance de Moacir Costa Lopes.
Comentários: Ubirajara Araújo Moreira (Doutor em Literatura e professor do curso de Letras da UEPG).

22/10
ÉDIPO REI
(Itália/Marrocos/1967)
De Pier Paolo Pasolini.
Com Silvana Mangano e Franco Citti.
Inspirado na tragédia de Sófocles.
Comentários: Keli Cristina Pacheco (Doutora em Literatura pela UFSC e professora do curso de Letras da UNICENTRO).

19/11
A CASA DOS ESPÍRITOS
(EUA/1993)
De Bilie August.
Com Jeremy Irons e Meryl Streep.
Baseado no romance de Isabel Allende.
Comentários: Arlene Lopes Sant'Anna(Mestre em Semiótica pela USP e professora do curso de Letras da UEPG).

03/12
A LIGA EXTRAORDINÁRIA
(EUA/2003)
De Stephen Norrington.
Com Sean Connery e Peta Wilson.
Baseado na graphic novel de Alan Moore.
Comentários: Gisele Aparecida França (Mestre em Literatura pela UNIANDRADE e professora do curso de Letras da UEPG).

terça-feira, 19 de julho de 2011

"BRUXA DE BLAIR" URUGUAIO OU "INDIANA JONES" ALEMÃO?

POR FÁBIO AUGUSTO STEYER

Fica aqui a dica de dois filmes bastante curiosos...
O primeiro é uma espécie de "Bruxa de Blair" feito no Uruguai!!!
Selecionado para o Festival de Cannes 2010, "A Casa", dirigido por Gustavo Hernandez, custou apenas 6 mil dólares. Tal como em "Festim Diabólico", de Hitchcock, o diretor disfarça os cortes do que aparentemente é um único plano-seqüência de aproximadamente 80 minutos.
Um filme de terror uruguaio?
Com certeza uma experiência única!!!
Já "As Aranhas", de 1919, é um dos clássicos de Fritz Lang, um dos maiores nomes do Expressionismo Alemão.
Aqui temos uma espécie de "Indiana Jones" mudo. Só que antes do "original", né? risos
Uma superprodução de aventura que se passa nos EUA e no Peru, em meio a cenas fantasiosas sobre um tesouro perdido dos incas.
Vale a pena...

CLIQUE AQUI E VEJA O TRAILER DE "A CASA"




CLIQUE AQUI E VEJA UM TRECHO DE "AS ARANHAS"

 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TRÊS FILMES

POR FÁBIO AUGUSTO STEYER

Depois do último Woody Allen (“Meia-Noite em Paris”) e de “Potiche – A Mulher Troféu” (excelente comédia com Catherine Deneuve, Fabrice Luchini e Gerard Depardieu), vistos semana passada em Porto Alegre, em tela grande, nesta assisti a três filmes em DVD, aqui em Ponta Grossa.
Obras sobre pequenos grandes dramas humanos, tratados, cinematograficamente falando, de modos totalmente diferentes.
Em “Inferno”, de Danis Tanovic, um embate de três maravilhosas interpretações: Emmanuelle Béart, Karin Viard e Marie Gilliain são três irmãs que crescem pensando que o pai é um criminoso. Cada uma, de seu jeito, é emocionalmente fracassada: uma é traída pelo marido, a outra ama um homem casado e a última não consegue ter relacionamento algum. Um filme frio, distante e ótimo, que mesmo com um final feliz consegue ser duro como pedra, digo, como boa parte do cinema francês!!! risos
O filme do meio é “Uma Amizade Sem Fronteiras”, história de um menino abandonado pelo pai que acaba fazendo uma bela amizade com um comerciante turco interpretado pelo veterano Omar Sharif. Um belo filme de François Dupeyron, nem frio nem melodramático demais.
E o mais emocionalmente arrebatador é “Sob a Mesma Lua”, melodramático (no bom sentido) como só os mexicanos sabem ser, com uma tocante história sobre um menino que foge do México para os Estados Unidos em busca da mãe, que trabalha como doméstica em casas de família. Um retrato bem interessante dos ilegais mexicanos nos EUA.
Três ótimos filmes. Três dramas humanos. Três maneiras de se fazer excelente cinema. A frieza dos franceses. O equilíbrio entre razão e emoção. O extravasar do melodrama.
Ótimas pedidas!
Fica aqui a dica...  






































terça-feira, 5 de julho de 2011

VEM AÍ...



quarta-feira, 22 de junho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Rogério Sganzerla – um diretor que fez dos seus filmes um cinema.



BRUNO SCUISSIATTO

Em vinte minutos de comunicação aproximadamente, falar sobre algum estudo se torna uma tarefa das mais delicadas. Essa definição, talvez seja bem empregada ao falar do cinema de Rogério Sganzerla, neste caso aqui, O Signo do Caos, seu último longa-metragem.
Falar apenas do filme citado acima é muito estranho, para não dizer, incosequente, afinal em tempos de uma filmografia nacional com bons filmes, ainda é muito pouco o olhar voltado para o cinema marginal, realizado no Brasil principalmente nos idos das décadas de 60 e 70. Entre tantas falas de Sganzerla, me agrada muito a definição do diretor para o jornal Tribuna da Imprensa, dezembro de 68, exatamente um ano após o boom do Bandido da Luz Vemelha, seu primeiro longa. O cinema brasileiro nasce com o Humberto Mauro, vive com Nelson Pereira dos Santos, excita-se com Paulo César Saraceni, desespera-se com Glauber Rocha morre com todos nós.
Partindo desse viés, está a chave da filmografia marginal brasileira, que contraria muito do movimento do underground americano, mais centrado em produções afastadas das exibições “comerciais”. Sganzerla ao lado do diretor Julio Bressane defendia que as produções “marginais” não tinham a pretensão de ficar fora dos circuitos exibidores.
É preciso tirar o cinema do quarto de brinquedos, diz um dos personagens de O Signo do Caos. Talvez, aqui, tenhamos a essência do filme. A ideia de realizar um metafilme, que traz o personagem representativo do diretor americano Orson Welles é a imagem de representar um Brasil, Brasil? A chegada do baú com It´s All True , documentário inacabado de Welles, rodado na pátria que ostenta cinco Copas do Mundo, coloca em colisão o Dr. Amenésio, que com suas frases emblemáticas, como: o caos é o próprio caos, se torna um antiheroi para ser celebrado em nosso sessentão cinema nacional. Contrapondo de forma mais acometida, outro personagem tenta convencer seu chefe, Dr. Amenésio, que aquele filme é bom. Seria esse filme a película da tela ou o próprio O Signo do Caos
Dessa primeira parte com uma fotografia em preto e branco, partimos para a cor, que presenciamos em uma festa com todos os personagens segurando suas taças de champagne e comemorando a destruição dos rolos de It´s All True, ou seria, o próprio longa em questão?
Ao leitor, não se apegue a respostas pelas interrogações, nem mesmo espere interpretações, afinal, como definiu o crítico de cinema Ruy Gardnier sobre O Signo do Caos: um filme suicida para suicidas. Ame-o ou deixe-o em paz. Quem não assistiu, faça isso apenas se tiver vontade. Caso tenha, posso fazer uma cópia do filme.
Agora, se você não assistiu nenhum dos vinte e seis filmes de Rogério Sganzerla, não se sinta penalizado pelos Lumiére ou Melliés, muito menos pelas belas novelas das oito, mas pense no que deixou de ver, garanto que muita coisa poderia desaprender. Uma dica, assista todos. Se não puder, O Bandido da Luz Vermelha, A Mulher de Todos, Sem Essa Aranha e Copacabana Mon Amour. Tem os fimes da Belair, produtora do Sganzerla com o Bressane, mas isso é filme para uma próxima. Conversamos.

[síntese sobre a comunicação “O antifilme em O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla”, apresentado na Semana de Letras da UFPR, dia 25/05/2011].

[abaixo o Vídeo de lançamento da COLEÇÃO CINEMA MARGINAL BRASILEIRO em DVD: Volume 1 Andrea Tonacci, volume 2 Rogério Sganzerla, volume 3 Elyseu Visconti e Volume 4 André Luiz Oliveira.]

sábado, 4 de junho de 2011

ALTERAÇÃO DE DATA

ATENÇÃO!

A SESSÃO DE "CORALINE E O MUNDO SECRETO"
SERÁ REALIZADA NO DIA 11/06.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A LITERATURA E O CINEMA DE ALFRED HITCHCOCK


 



PAULA STARKE

Não há como acreditar que, um dia, Literatura e Cinema se desvincularão. Desde suas origens, o Cinema busca fundamento em produções literárias diversas. Do mesmo modo, a Literatura passou a sofrer influência da construção cinematográfica, mais recentemente.
Em meio a esse constante diálogo, notam-se adaptações fílmicas consideradas medíocres que foram construídas a partir de obras-primas da Literatura universal, tal qual livros ditos “populares” acabaram se tornando longas-metragens clássicos, eternizados na memória do espectador.
Dentro deste último modelo, enquadra-se, perfeitamente, a obra do aclamado diretor Alfred Hitchcock. François Truffaut, ao entrevistar o cineasta, sugere que Hitchcock “remanejava” romances populares até que estes se tornassem verdadeiras obras hitchcockianas, o que de fato ocorria. Por acreditar que obras-primas da Literatura eram obras completas, imutáveis, Hitchcock trabalhava a partir de uma Literatura destinada à recreação, trivial.
O trabalho apresentado na Semana de Letras da Universidade Federal do Paraná pretendeu, através desta afirmação, descrever a relação do diretor com a Literatura, como Hitchcock não se atrevia a adaptar obras literárias importantes para construir cinema através de romances mais simples. E, ainda, como o diretor transformava estas modestas obras em longas-metragens enriquecedores, surpreendentes e, não raro, considerados obras de arte.
Afinal, em todas as suas produções, Hitchcock mantinha um modo próprio e independente de trabalhar. Explorava os recursos técnicos e fazia as modificações que julgava necessárias, em cada aspecto da produção. A seleção de elenco e de figurinos, os efeitos sonoros, a arte, a montagem, o roteiro e, evidentemente, a ideia condutora do longa, tudo era planejado previamente pelo cineasta.
O diretor adaptou muitas obras literárias, porém nunca pretendeu ser completamente fiel aos escritos. A ideia da obra era, portanto, um ponto de partida, um fio condutor para a versão cinematográfica. O resultado final era completamente distinto do original, uma obra prioritariamente visual. A reformulação de Hitchcock, extremamente bem planejada e realizada, usava o que o diretor chamava de “arte cinematográfica” e priorizava, evidentemente, a expressão através das imagens, o visual.