segunda-feira, 28 de março de 2011

INTEGRANTES DO PROJETO APRESENTAM TRABALHOS EM EVENTOS NO PARANÁ, MATO GROSSO DO SUL E MINAS GERAIS

E começa a maratona dos eventos...





Agora em abril, a acadêmica Rosenéia Hauer estará participando do 8º Encontro Nacional de História da Mídia (http://www.unicentro.br/historiadamidia2011/chamada.asp), na UNICENTRO, em Guarapuava. Promovido pela Rede ALCAR, é um dos mais importantes do Brasil na área de Comunicação Social.
Nossa colega vai participar do GT Mídia Visual e Audiovisual, apresentando o trabalho intitulado: "A música e suas vozes no cinema e na literatura de Assis Brasil”.
No mesmo mês, o professor Fábio Augusto Steyer estará em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, apresentando trabalho decorrente das pesquisas que desenvolve desde seu Doutorado sobre o escritor gaúcho Telmo Vergara. Será no II EEL - Encontro de Estudos Literários (http://www.uems.br/eventos/eel/index.php?p=Editorial), promovido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
E em maio, o professor Fábio novamente faz as malas para viajar a Uberaba, Minas Gerais, onde apresenta trabalho no III SELL - Simpósio Internacional de Estudos Lingüísticos e Literários (http://www.uftm.edu.br/sell/), promovido pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). 

sábado, 26 de março de 2011

SOBRE "CONCERTO CAMPESTRE" - SESSÃO DO DIA 26/03/2011








O cinema é uma fonte inesgotável de referências musicais, veículo prefeito para experimentação e exploração do poder dramático da música. (A MÚSICA DO FILME, p.16)


ROSENÉIA HAUER

Neste filme a articulação entre música e cinema é dramático-narrativa, ou seja, ela é usada para contar a história das personagens e se liga às situações para ajudar a compor o perfil de cada um. E, depois, em um segundo momento, essa articulação acontece com movimento visual e movimento sonoro, como no caso do delírio do Major Eleutério.
É uma riqueza sem fim a trilha sonora de Concerto Campestre, da música mais complexa a mais simples. As músicas apresentadas pela Lira de Santa Cecília são composições de Rossini, Mozart, Strauss e Haydn. O solo executado pelo ator Roberto Birindelli é uma ária interpretada por Emerson Kretchmer. Para se obter tanto êxito, foram convidados os melhores músicos das orquestras do Rio Grande do Sul, orquestra essa comandada por Antonio Carlos Borges Cunha. Depois de exaustivos ensaios, enfim a orquestra tem a sua primeira apresentação e então executa: Adágio do Concerto para Clarineta e Orquestra de Wolfgang Amadeus Mozart.
É uma viagem musical ao século XIX.
Apesar das músicas serem todas orquestradas, ou seja, não haver letras para se analisar, há, sim, um feixe de significados entre o contexto e o texto, nesse caso leia-se; texto = partitura.
O filme baseado no livro de Assis Brasil nos mostra com certo descuido a diferença entre músico por acaso e músico por vocação e talento. Diferente de Mendanha, o Maestro de Concerto Campestre não se deixa levar pelos acasos da sua vida e se coloca a frente dos acontecimentos no entorno de sua personagem. Mas, infelizmente, não consegue passar ao telespectador nenhuma musicalidade. As cenas em que o Maestro aparece executando, ensaiando ou compondo, não correspondem à postura musical de um artista, apesar do esforço do ator. Talvez um espectador um pouco mais leigo no assunto não perceba, mas alguém com um pouco mais de conhecimento há de perceber. Uma pena! Pois as músicas apresentadas no filme, especificamente a da personagem Clara Vitória, são verdadeiras obras primas.
Mas Rossini aparece de uma maneira peculiar e, ele sim, consegue dar o "tom" à musicalidade do filme. Chega na capela e ouve Miguel, nome dado ao maestro apenas no filme, pois no livro ele é apenas Maestro, tocando violino, e de imediato percebe que ele está fora de ritmo e andamento.
Com atenção nota-se a diferença entre as personagens.
Rossini, além de conseguir passar a impressão de que realmente sabe tocar, fala da música com conhecimento teórico. No livro isso aparece com mais freqüência que no filme. Mas nas imagens dá para se notar tudo isso na leveza com que ele interpreta no momento em que toca as músicas. Embora não se saiba se na vida real o ator tenha um contato maior com a música, ele consegue dar mais veracidade aos momentos de execução.
A música diz exatamente como a personagem é. Na cena em que o Maestro faz uma apresentação exclusiva a Clara, podemos perceber o quanto as suavidades dos acordes e dos compassos, a clareza da harmonia, nos contam sobre ela. A música é clara como Clara Vitória. O solo de violão traduz exatamente a delicadeza da personagem à luz da canção.
A trilha sonora é extremamente condizente com a época, século XIX; usando flautas, percussões e instrumentos de cordas, as músicas seguem ao estilo da corte.
No ensaio em que João Congo participa, vê-se que as batidas executadas por ele reforçam a força e a determinação dos negros. O ritmo da música é, na maior parte do tempo, saltitante, com algumas notas um pouco mais longas. Consegue transmitir alegria e ao mesmo tempo uma tensão, pelo fato de que eles sempre estão tentando livrar-se do Major.
O cortejo fúnebre do barão não poderia ser diferente: em tom menor, a música é melancólica, densa, triste. Os planos de longa distância no momento do cortejo realçam ainda mais as notas de maiores tempos.
No noivado de Clara Vitória, o compasso binário, ou seja, a valsa é colocada para registrar o possível casamento, mas ao passar mal os violinos entram em uma dissonância proposital, e os demais instrumentos também entram em descompasso. A sensação que temos é de "desmoronamento": à medida que Clara Vitória cai, a música decai, simultaneamente.
Após seus pais descobrirem que está grávida, Clara Vitória é exilada, e é mandada para a Boqueirão. Um lugar distante da estância, de difícil acesso. No momento em que ela é levada as notas agudas fazem com que o exílio de Clara Vitória se torne ainda mais angustiante, os flautins, instrumentos mais agudos de uma orquestra, sopram em staccato, dando mais ênfase ainda a dor emocional da personagem.
Quando os músicos retornam à fazenda, a música acontece aos poucos, como se fosse um reencontro. Os instrumentos vão entrando por vez, assim como as personagens na cena. Cada qual com seu instrumento.
Major Eleutério descobriu seu amor pela música de uma forma um pouco conturbada. Ao se deparar com índios tocando próximo à sua fazenda, ele os leva, dá abrigo, comida, tudo em troca de música. Mas pelo fato dos índios serem nômades, de repente eles desaparecem e assim o Major aceita o Maestro, oferecido pelo padre para formar a Lira de Santa Cecília, nome dado em homenagem à Padroeira dos Músicos. Nos seus devaneios nas últimas cenas, no momento da chuva de sangue, ouve-se uma música e tem-se a impressão de ser música de única linha, pois os acordes se repetem de uma maneira circular, acompanhado a imagem de major na tela, dando a sensação de estar girando em torno de si mesmo.
A música difere na linguagem no sentido de que não temos uma exata definição do que ela nos quer dizer. Nenhuma construção musical é passiva de apenas uma interpretação, mas utilizando de recursos bem conhecidos e dentro do contexto, o compositor pode sim ter uma resposta imediata naquilo que ele tenta passar.
Em Concerto Campestre tal cuidado foi tomado que a obra musical não escondeu a obra visual.
A música tornou-se um complemento narrativo e enriqueceu as imagens e personagens.

sábado, 19 de março de 2011

PROGRAMAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE PONTA GROSSA "SUPERA" AS EXPECTATIVAS

POR FÁBIO AUGUSTO STEYER


Nesta última semana, a Cinematográfica Araújo, empresa proprietária das quatro únicas salas de cinema de Ponta Grossa, conseguiu se superar: lançou dois dos principais concorrentes ao Oscar deste ano ("O Discurso do Rei" e "Cisne Negro") em apenas uma sessão diária (21h30min), deixando-os MENOS de uma semana em cartaz!!!
Isso porque as cópias (que estavam em Londrina) só chegaram no sábado, quando normalmente as estréias ocorrem nas sextas-feiras.
Poxa, ninguém está pedindo para lançarem os últimos Manoel de Oliveira ou Abbas Kiarostami, ou então os filmes das mostras paralelas de Cannes, Berlim, Veneza, etc. Isso seria comercialmente inviável em nossa cidade.
Mas será que os filmes do Oscar, prêmio mais popular (e pop) do mundo do cinema, não mereciam melhor sorte e não teriam um apelo de público por aqui?
UMA, apenas UMA sessão diária, e MENOS de uma semana em cartaz.
Se é para lançar mal, melhor nem lançar.
Óbvio que teria pouco público.
Mas, pensando melhor...
...Numa sociedade em que boa parte das pessoas está mais preocupada com o "paredão" do Big Brother do que com os recentes e graves acontecimentos do Japão, talvez seja melhor mesmo preencher os horários com coisas medonhas do tipo "Invasão do Mundo" ou "Vovó...Zona 3"!!!!

terça-feira, 15 de março de 2011

Os participantes do projeto de extensão e pesquisa Cinemas e Temas, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais e ao Departamento de Letras Vernáculas da UEPG, comunicam as sessões do evento “Diálogos entre literatura e cinema” para o ano de 2011.


Sessões mensais, sempre aos sábados, às 14 horas.
Certificado de participação para aqueles que obtiverem 75% de freqüência.
Coordenação: Prof. Dr. Fábio Augusto Steyer.
Informações no blog do projeto:
http://www.cinemasetemasuepg.blogspot.com/


DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E CINEMA
Campus central da UEPG.
Sala B-108.
Março a novembro de 2011.
Sempre às 14 horas.


SESSÕES JÁ DEFINIDAS:


26/03
CONCERTO CAMPESTRE
(Brasil/2004)
De Henrique de Freitas Lima.
Com Antonio Abujamra, Samara Felippo, Leonardo Vieira e Araci Esteves.
Baseado no romance de Luiz Antonio de Assis Brasil.
Comentários: Rosenéia Hauer (Professora da rede municipal de ensino de Ponta Grossa e graduanda em Letras pela UEPG).
CLIQUE AQUI E VEJA O TRAILER


30/04
MUITO ALÉM DO JARDIM
(EUA/1979)
De Hal Ashby.
Com Peter Sellers e Shirley MacLaine.
Baseado na obra de Jerzy Nikodem Kosiński.
Comentários: Fábio Augusto Steyer (Doutor em Literatura pela UFRGS, Mestre em História pela PUCRS, professor do curso de Letras da UEPG).
CLIQUE AQUI E VEJA O TRAILER


28/05
CORALINE E O MUNDO SECRETO
(EUA/2009)
De Henry Selick.
Baseado na obra de Neil Gaiman.
Comentários: Ana Carla Vieira Bellon (Mestranda em Literatura pela UFPR).
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18/06
NINA
(Brasil/2004)
De Heitor Dhalia.
Com Guta Stresser, Wagner Moura e Renata Sorrah.
Roteiro de Marçal Aquino.
Inspirado em “Crime e Castigo”, de Fiodór Dostoiévski.
Comentários: Bruno Scuissiatto (Mestrando em Letras pela UEPG).
CLIQUE AQUI E VEJA UM TRECHO DO FILME


27/08
REBECCA
(EUA/1940)
De Alfred Hitchcock.
Com Laurence Olivier e Joan Fontaine.
Baseado na obra de Daphne du Maurier.
Comentários: Paula Starke (Graduanda em Letras pela UEPG e pesquisadora da obra de Alfred Hitchcock).
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24/09
A OSTRA E O VENTO
(Brasil/1997)
De Heitor Dhalia.
Com Leandra Leal, Lima Duarte e Fernando Torres.
Baseado no romance de Moacir Costa Lopes.
Comentários: Ubirajara Araújo Moreira (Doutor em Literatura e professor do curso de Letras da UEPG).
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22/10

ÉDIPO REI
(Itália/Marrocos/1967)
De Pier Paolo Pasolini.
Com Silvana Mangano e Franco Citti.
Inspirado na tragédia de Sófocles.
Comentários: Keli Cristina Pacheco (Doutora em Literatura pela UFSC e professora do curso de Letras da UNICENTRO).
CLIQUE AQUI E VEJA UM TRECHO DO FILME

sábado, 12 de março de 2011

VEM AÍ...

sexta-feira, 11 de março de 2011

VEM AÍ...