sábado, 1 de maio de 2010

30 ANOS DA MORTE DE ALFRED HITCHCOCK

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Ele era inglês, fascinado por loiras e 30 anos depois da sua morte ainda é referência para muitos cineastas. Alfred Hitchcock, o mestre do suspense.

Esse fascínio dele pelo medo deve ser trauma de infância. O pai dele o assustava porque achava que era uma maneira de educar o filho. E ele fez do medo, uma marca
Se hoje você sua frio, se agarra na poltrona e toma sustos quando algo acontece na tela do cinema, a culpa é toda de Alfred Hitchcok.
Foi dele a ideia de criar suspense fazendo com que a gente soubesse antes o que os personagens nem imaginavam.
Criando sequências antológicas como a do assassinato no banheiro, em “Psicose”.

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Até Steven Spielberg admitiu: fez a trilha sonora do famoso ataque do "Tubarão" inspirado nesta cena.
Certa vez o mestre do suspense, que fez mais de 60 filmes, revelou qual era a sua cena preferida.
Ela também está em Psicose. Hitchcock disse: "É o momento em que o detetive sobe as escadas e todos no cinema sabem que a velha assassina está lá em cima. A vontade de todos é de pedir para que ele pare. Mas ele termina mesmo sendo morto por ela.
O professor Richard Allen da escola de artes da Universidade de Nova York é um especialista na obra de Alfred Hitchcock. Ele conta que o mestre do suspense inovou o cinema ao colocar nos filmes a marca do diretor.
“Antes dele, as pessoas iam ao cinema apenas para ver os atores. Depois dele, também passaram a ir pra conhecer o trabalho dos diretores, iam ver um filme de Hitchcock." explica o professor Allen.
No público, Alfred Hitchcok deixou sua marca como produtor de medo e de sustos. Mas na indústria do cinema, foi além.
Hitchcock explorou a perversidade humana em seus filmes e desenvolveu técnicas inovadoras de iluminação, de enquadramentos e de movimentos de câmera para contar suas histórias.
Em "Festim Diabólico", por exemplo, onde dois amigos matam outro só para provar que podem cometer um crime perfeito, Hitchcock rodou o filme com apenas 11 cortes, sendo seis quase imperceptíveis. Isso em 1948.
Alguns segredos de Alfred Hitchcock são pouco conhecidos. Em “Janela Indiscreta”, por exemplo, um de seus maiores sucessos, Hitchcock conta a história de um homem que investiga um crime espionando os vizinhos de binóculo através da janela de seu quarto.
O homem mora em Nova York, e a história toda se passa aqui, no bairro do Greenwich Village.
Mas ao procurarmos o endereço onde no filme fica a tal "Janela Indiscreta", na Rua 9 oeste, número 125, mistério. A rua acaba de repente. E onde era para estar o prédio, está vazio. Não tem nada lá porque o prédio nunca existiu. Perfeccionista, Hitchcock inventou o endereço. Para poder rodar as cenas exatamente como queria.
Por isso, foram recriados em estúdio 31 apartamentos, 12 mobiliados. Muitos diretores famosos que vieram depois de Hitchcock se inspiraram nele. “A Aventura”, de Antonioni tem suas semelhanças com "Um Corpo que Cai". Em "Repulsa ao Sexo", Roman Polanski usou movimentos de câmera criados para "Psicose".
Por isso, não tenha dúvidas: ainda servindo como referência 30 anos depois de sua morte, Hitchcock vai continuar a assustar as plateias.
E é bom reforçar que a especialidade dele era o suspense e não o terror explícito.
E uma história super curiosa desse gênio é que ele participou de vários filmes como figurante.
Vale a pena tentar encontrá-lo nas cenas, é uma diversão à parte.

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